Refletir sobre a vida, aceitar as frustrações e encará-las de frente, ser grato pelo que se é e o que possui e fazer exercícios físicos que lhe dão prazer foram os fios condutores da palestra “Setembro Amarelo: estenda a mão para esta causa” trazida pela Terapeuta Ocupacional, mestra em Psicologia da Infância e Adolescência e doutoranda em Ciências da Saúde Patrícia Luciane Santos de Lima, e que contou com a participação especial do Dr. Wilson de Lima Brito Filho, advogado e educador físico, mestre e doutor em Educação e professor da instituição.

O evento aconteceu na noite de quarta-feira, 21 de setembro, no auditório do Unisba, que recebeu dezenas de seus estudantes, colaboradores e professores e que fez parte de uma das ações da Semana de Conscientização do Setembro Amarelo, cujo objetivo é discutir e evidenciar o tema Saúde Mental, com o propósito de prevenir o suicídio. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) ele é uma das principais causas de morte no mundo, sendo responsável por uma em cada 100 mortes, ficando na frente das mortes por HIV, malária, câncer de mama, ou devido à guerra e homicídio.

A apresentação começou com o questionamento: “Como está a sua saúde mental?”, pois comumente não fazemos esse tipo de pergunta, bem como, normalmente, tratamos o tema com certa distância. No entanto, cuidar da saúde mental é tão importante quanto se alimentar e fazer exercícios físicos diariamente, evitando, assim, doenças como depressão, ansiedade generalizada e outros distúrbios.

Assim como a saúde física, a mental é um componente que não deve ser negligenciado ou tratado com soluções simplistas, tais como uma boa noite de sono ou um chá de camomila para relaxar. Deve se considerar que ela é um componente que promove a capacidade do indivíduo de viver, trabalhar, gerir a própria vida, enfrentar dificuldades do cotidiano se relacionar bem consigo e com os outros.

Os problemas relacionados à saúde mental sempre dão sinais de alerta, para os quais deve se atentar, principalmente, às alterações no sono, vontade repentina de ficar em isolamento social, variações de humor ao longo do dia, alterações no apetite, mudanças de comportamento, dores repentinas e inexplicáveis, esquecimentos frequentes e dificuldade de concentração.

Face a estes sintomas, o indivíduo deve procurar ajuda profissional para um diagnóstico mais preciso, bem como cuidar de sua alimentação, praticar atividades físicas regularmente, priorizar o sono, se dedicar às pessoas queridas, reservar um tempo para o lazer, não se comparar aos outros, encontrar alguma atividade que lhe dê prazer, desenvolver a fé, conhecer a si mesmo e, principalmente, ajudar o próximo.

Doar carinho, tempo, roupas, alimentos ou qualquer outro objeto beneficia não apenas o receptor, mas também o doador. Pesquisas comprovam que ajudar o próximo, além de fazer bem à alma, combate a depressão e alivia o estresse. De acordo com pesquisadores da Universidade de Michigan, quem age voluntariamente vive mais. Ao perceber a felicidade dos outros, o cérebro libera endorfina, responsável pela sensação do bem-estar, diminuindo as chances de se ficar doente.

Para finalizar a apresentação, foi apresentado o vídeo “A parte que lhe falta” baseado num livro do escritor e ilustrador de livros infantis Shel Silverstein (1930-1999) e que pode ser assistido neste link. A história nos traz uma reflexão sobre o que nos faz feliz, e que não percebemos, e a busca incessante por aquilo que não temos, mas que acreditamos que vai nos trazer a felicidade. Devemos lembrar que a felicidade está no caminho e não no final.

Por isso, as formas preventivas e os cuidados constantes com a saúde mental, bem como com a saúde física, e o reconhecimento dos momentos simples que nos fazem felizes são primordiais para a melhora da qualidade de vida, das relações sociais e da longevidade, portanto, comece agora mesmo a se cuidar e, em breve, sentirá as melhorias acontecendo em sua vida.

Confira abaixo as fotos do evento: